Alcochete é um concelho com vestígios humanos desde o Paleolítico, destacando-se a jazida pré-histórica da Conceição e os artefactos líticos encontrados.
Registos de ocupação no Neolítico e romana são evidentes, com destaque para a produção oleira em Porto dos Cacos.
Embora não comprovada arqueologicamente, a presença árabe é sugerida pelo topónimo “Alcochete”.
Após a Reconquista, integrou a Ordem de Santiago, com atividades de salicultura e vinicultura. No séc. XV, tornou-se refúgio da corte e local de nascimento do rei D. Manuel I.
Alcançou autonomia e privilégios sob a Ordem de Santiago e recebeu foral de D. Manuel em 1515.
Os Descobrimentos impulsionaram a economia local, com exportação de madeira e importação de novos produtos. Monumentos quinhentistas como a Igreja Matriz e a Capela da Nossa Senhora da Vida marcam a época. Nos séculos XVI e XVII, o crescimento económico foi notável, impulsionado pela produção de sal.
No século XVIII, continuou a abastecer Lisboa com sal, lenha e carvão. O século XIX foi marcado pela perda e restauração da autonomia municipal, com grande envolvimento popular. O 3.º Barão de Samora Correia teve um papel filantrópico significativo na região.
A atividade agrícola foi marcada por experiências pioneiras de fomento agrário nos séculos XVIII e XIX. Com o declínio da pesca e salicultura, o concelho manteve-se rural até meados do século XX, quando se desenvolveu a seca do bacalhau, tornando-se o maior centro de secagem em Portugal. A industrialização começou com a fábrica Firestone em 1958, seguida por outras unidades industriais.
A construção da Ponte Vasco da Gama trouxe novos investimentos e desenvolvimento económico à região. Alcochete mantém as suas tradições tauromáquicas e festividades religiosas, destacando-se as Festas do Barrete Verde e das Salinas.
Hoje é um concelho moderno que valoriza a sua história e tradições.
Conheça melhor o Município de Alcochete
Juntas de Freguesia:
– Alcochete
– Samouco
– São Francisco